Time, que ficou próximo de disputar a 1ª divisão em 2016 e foi vice da Copa SP no ano seguinte, fez campanha pífia, com apenas uma vitória em 14 jogos na Série A-3
O Batatais FC escreveu neste sábado mais uma página triste em sua centenária historia, ao ser goleado pelo Rio Preto, por 4 a 1, fora de casa, em jogo válido pela penúltima rodada da fase de classificação da Série A-3 do Campeonato Paulista. Precisando vencer para manter as chances de não ser rebaixado, o time não conseguiu a vitória e agora amarga o seu segundo rebaixamento em três anos e voltará a jogar em 2022 a Série B do Campeonato Paulista --a quarta e última divisão do futebol profissional em São Paulo.
A desastrada campanha deste ano foi marcada por 1 vitória em 14 jogos. O time ainda empatou 6 jogos e saiu de campo derrotado em outros 7. Com apenas 9 pontos, foi rebaixado com uma rodada de antecedência.
O desastre futebolístico deste ano, porém, não pode apagar a trajetória histórica do Batatais.
Marcada por pioneirismos --como fazer viagens de avião nos anos 30 e 40--, a saga do Batatais foi assinalada por campanhas inesquecíveis em campo e por nutrir nos torcedores uma paixão que passou por gerações, até chegar aos dias de hoje.
Só por ter sido berço futebolístico de três ex-jogadores que disputaram Copas do Mundo, o clube da rua Gustavo Simioni já está na história. Mas o Batatais obteve conquistas em campo e, por muitas vezes, levou o nome da cidade ao resto do Estado e do país.
Foi na cidade, e no clube, que Algisto Lorenzato (1910-1960), o goleiro Batatais, Zeca Lopes (1910-1996), atacante, e o zagueiro José Guilherme Baldocchi (1946) iniciaram suas carreiras que os levaram às Copas do Mundo da França (1938, caso dos dois primeiros), e do México (1970).
Mas o clube acumulou outras conquistas, que você pode ver clicando aqui.
Embora rebaixado à última divisão do futebol paulista, o Batatais é, historicamente, um time de segunda divisão. O que, evidentemente, não é um demérito.
O Batatais disputa, de forma ininterrupta, competições organizadas pela FPF (Federação Paulista de Futebol) desde 1971, mas participa dos torneios oficiais da entidade desde 1947. Ficou fora de 1950 a 1955, em grande parte devido a protestos por alegar ter sido prejudicado na final da segunda divisão de 1949, disputada no início do ano seguinte, e de 1968 a 1970.
O clube acumula 31 participações na segunda divisão, a última delas em 2018. Na terceira, a atual, são 19 disputas e, na quarta, 15 temporadas.
Outros clubes que outrora foram tradicionais na região e até mesmo no interior paulista, como o Jaboticabal ou o Radium, de Mococa, deixaram de existir ou perderam relevância com o passar dos anos. Em Jaboticabal, nem o estádio existe mais.
O Batatais FC é raiz. Tem um estádio para mandar seus jogos —por favor, ele se chama Dr. Oswaldo Scatena, nada dessa bobeira de Ghost Arena— e tem torcida. Sim, tem, apesar de tudo o que foi feito para que ela deixasse de existir ou de ir aos jogos.
O Batatais não disputava a Série B desde 2008, quando subiu após ser vice-campeão, sendo superado pelo Audax nos dois jogos, com vitórias do adversário por 2 a 1 em ambos os confrontos.
A partir de 2009, o Fantasma da Mogiana disputou a Série A-3, em que teve como melhor desempenho o vice-campeonato na temporada 2013.
Nos três primeiros anos, o time não conseguiu ficar entre os dez mais bem colocados na fase de classificação (foi 11º em 2011), mas em 2012 avançou à segunda fase pela primeira vez, mas venceu só um dos seis jogos e foi o terceiro colocado no grupo, em que subiram para a Série A-2 Rio Branco e Capivariano.
Mas, em 2013, o time fez ótima campanha e chegou à final, tendo sido superado pelo São Bento, que venceu o jogo em Batatais por 3 a 1 e segurou um empate (1 a 1) em Sorocaba para garantir o título.
Com o vice-campeonato, o Batatais subiu para a Série A-2, em que ficou entre o ano seguinte e 2018.
Depois de duas temporadas em que terminou em 10º e em 15º lugar entre os 20 participantes, respectivamente, em 2016, com um ótimo time, o Batatais chegou à semifinal, em que parou no Mirassol.
Se tivesse eliminado o adversário, teria subido para a primeira divisão em 2017. Não deu, e a cara montagem daquele elenco passou a ser, desde então, um problema financeiro e jurídico para o clube.
Em 2017, com um time mais fraco que o do ano anterior, porém competitivo, o time ficou em quinto lugar na fase de classificação, apenas um ponto atrás do Bragantino, que foi o quarto --os quatro primeiros foram à semifinal.
No mesmo ano, o Batatais já tinha feito uma campanha que entrou para a história do futebol local ao chegar à final da Copa São Paulo de Juniores e enfrentar o Corinthians na decisão, no Pacaembu. Num jogo em que o time foi bem, perdeu por 2 a 1, mas fez um bonito papel.
Já em 2018, o fraco time fez um campeonato medíocre e, com apenas 10 pontos em 15 jogos, foi rebaixado à terceira divisão.
Em 2019, foi apenas o 12º colocado na competição e, no ano passado, com o campeonato já tendo sido paralisado por conta da pandemia, foi sétimo na fase de classificação e, nas quartas-de-finais, foi eliminado pelo São Bernardo.
Veio 2021 e, após quatro jogos iniciais em que ficou invicto e chegou a mostrar bom desempenho em alguns jogos, o time começou a se desmanchar na competição, até completar 10 jogos sem vitória com a derrota sofrida neste sábado em São José do Rio Preto.
Neste sábado, o Rio Preto abriu o placar aos 16min do segundo tempo, com Diego Valin, em gol de cabeça. Ampliou o placar aos 28min com Luciano Souza e, aos 34min, Gabriel Tota fez o terceiro gol do time da casa.
O Batatais ainda descontou com Gabriel Braga, em cobrança de falta, aos 35min, mas não havia tempo para a reação. Billy, aos 50min, sacramentou a goleada para o Rio Preto.
O clube voltou ao fundo do poço. Pior que isso, só se encerrar as atividades. Com um mínimo de organização interna, apoio da cidade e, também, sorte, dá para começar a reverter a tragédia esportiva na qual o Batatais definitivamente entrou neste sábado. Que venha 2022.
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