Pesquisadores da Ufscar utilizaram bagaço de laranjas que seria descartado após produção de suco para fazer biocarvão
Pensando em sustentabilidade, o biocarvão obtido a partir do aquecimento de resíduos de laranja pode ser mais vantajoso do que outras alternativas, de acordo com um artigo publicado na última sexta-feira (28) no periódico científico Ambiente & Água.
Pesquisadores da Ufscar exploraram o processo de produção e os benefícios ambientais do biocarvão feito a partir de resíduo de laranja, que normalmente seria descartado. O biocarvão produzido pode ser utilizado principalmente para o tratamento de águas residuais, já que funciona como um meio filtrante capaz de remover poluentes por meio de processos físicos e biológicos.
Entre 2021 e 2024, o grupo fez a produção do biocarvão a partir de bagaço gerado na produção de suco de laranja. Os restos das laranjas correspondem a cerca de 50% da massa total da fruta, que normalmente é descartada. Os pesquisadores percorreram várias etapas até chegar no produto final: secagem, moagem e peneiração, carbonização (também chamada de pirólise, que acontece a 550ºC), filtragem e caracterização do material.
Em testes, o biocarvão removeu poluentes e melhorou a qualidade da água para reúso agrícola. Macronutrientes como fósforo e magnésio foram reduzidos em 31,5% e 62%, enquanto a remoção de bactérias variou entre 60% e 70%. O material também absorve nitrogênio. A água residuária foi coletada no tanque séptico de uma estação de tratamento de efluentes (ETE) experimental do campus da Ufscar, que recebe despejos do refeitório e dos banheiros. As amostras de esgoto e água tratada passaram por análises físicas, químicas e biológicas.
“Não se gasta praticamente nada para fazer, e é um material simples que tem grande eficiência para vários tipos de tratamento”, diz a engenheira Mariana Cabrini, autora do artigo recém-publicado. “Os resultados foram melhores do que imaginávamos, o que possibilita redução no uso de água potável e utilização de algo que seria descartado provavelmente de maneira irregular.”
Para ela e seus colegas, ainda há características do produto a serem exploradas em pesquisas futuras, como a eficácia da remoção de bactérias e outros contaminantes microbiológicos. Outra possibilidade é encontrar outras aplicações para grande quantidade de carbono formada no processo, como na produção de nanomateriais.
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