No time, que celebra o centenário nesta 4ª, surgiram 3 jogadores que disputaram Copa do Mundo
Se o presente do Batatais FC, que completa 100 anos de fundação nesta quarta-feira (18), está repleto de problemas dentro e, principalmente, fora de campo, a história do agora centenário clube merece ser celebrada.
Marcada por pioneirismos --como viagens de avião nos anos 30 e 40--, a saga do Batatais foi assinalada por campanhas inesquecíveis em campo e por nutrir nos torcedores uma paixão que passou por gerações, até chegar aos dias de hoje.
Só por ter sido berço futebolístico de três ex-jogadores que disputaram Copas do Mundo, já teria valido a existência do clube da rua Gustavo Simioni. Mas o Batatais obteve conquistas em campo e, por muitas vezes, levou o nome da cidade ao resto do Estado e do país.
Foi na cidade, e no clube, que Algisto Lorenzato (1910-1960), o goleiro Batatais, Zeca Lopes (1910-1996), atacante, e o zagueiro José Guilherme Baldocchi (1946) iniciaram suas carreiras que os levaram às Copas do Mundo da França (1938, caso dos dois primeiros), e do México (1970).
Mas o clube acumulou outras conquistas, que você pode ver clicando aqui.
Hoje na Série A-3 do Campeonato Paulista, e com risco de rebaixamento devido à punição que recebeu por suposto envolvimento num esquema de manipulação de resultados de jogos, o Batatais é, historicamente, um time de segunda divisão. Longe de ser um demérito isso.
O Batatais disputa, de forma ininterrupta, competições organizadas pela FPF (Federação Paulista de Futebol) desde 1971, mas participa dos torneios oficiais da entidade desde 1947. Ficou fora de 1950 a 1955, em grande parte devido a protestos por alegar ter sido prejudicado na final da segunda divisão de 1948, disputada no início do ano seguinte, e de 1968 a 1970.
O clube acumula 31 participações na segunda divisão, a última delas em 2018. Na terceira, a atual, são 17 disputas e, na quarta, 15 temporadas.
Outros clubes que outrora foram tradicionais na região e até mesmo no interior paulista, como o Jaboticabal ou o Radium, de Mococa, deixaram de existir ou perderam relevância com o passar dos anos. Em Jaboticabal, nem seu tradicional estádio existe.
As dificuldades no mundo do futebol são diárias, seja pelo fato de a prática ser cara ou por má gestão. Ou por ambos. Se vemos de um lado um time como o Corinthians, bicampeão mundial, ser inscrito na Serasa por conta das dívidas de seu estádio, por outro lado vemos também um clube tradicional como a Portuguesa se afundar.
Em 2013, a equipe da capital estava na elite do Campeonato Brasileiro e, desde então, sofreu sucessivos rebaixamentos e está estacionada na Série A-2 do Campeonato Paulista.
O Batatais FC é raiz. Tem um estádio para mandar seus jogos —por favor, ele se chama Dr. Oswaldo Scatena, nada dessa bobeira de Ghost Arena— e tem torcida. Sim, tem, apesar de tudo o que foi feito para que ela deixasse de existir ou de ir aos jogos.
Só não pode jogar, por conta da recente punição. Tem um ditado do mundo cibernético que diz que, quando tudo estiver ferrado, devemos encher o peito, gritar um palavrão e fazer o que tem de ser feito.
O fundo do poço chegou. Pior que o cenário atual, só se fechar as portas. Então chegou a vez de o clube soltar esse "xingamento". E ressurgir das cinzas, como a mitológica Fênix. Talvez como clube-empresa?
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