A Prefeitura de Batatais anunciou nesta quarta-feira (15) que pretende dar outra destinação ao aeroporto municipal, hoje cercado por diversos bairros na região da cidade que mais se desenvolve urbanisticamente nos últimos anos.

O anúncio foi feito depois de a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ter proibido a realização de pousos de aeronaves no local, liberando somente eventuais voos com operações de emergência médica. Mas, mesmo assim, somente podem ocorrer depois de um entendimento prévio com a prefeitura.

A região em que o aeroporto se encontra é cercada de imóveis residenciais, diferentemente da época em que ele foi projetado. Bairros como Jardim Elena, Jardins Mariana, Esperança, Canadá, Jacarandá, Ipês, Veneza e Gabriela surgiram, levando consigo atrativos como supermercados e outros estabelecimentos comerciais.

O aeródromo de Batatais tem uma pista de terra com extensão de 720 m e largura de 30 m, conforme a Anac, e fica numa altitude de 881 m em relação ao nível do mar.

É autorizado a ter apenas operações diurnas, já que não tem equipamentos como farol de aeródromo e luzes de borda de pista ou de cabeceira de pista. A extensão total é de 1.000 m.

Com o anúncio da prefeitura, veio também a informação do que deve ser feito no local em que o aeroporto se encontra.

A administração fez licitações focando inicialmente a avenida Ayrton Senna, que terá melhorias na iluminação pública, calçamento, ciclofaixa e duplicação onde for possível.

“Milhares de pessoas transitam diariamente na região e esses investimentos são necessários para garantir a segurança e mobilidade de todos”, disse a prefeitura por meio de um comunicado.

Segundo o governo municipal, o aeroporto tem baixa frequência de uso e não é útil para a população em geral, razão pela qual dará lugar a obras de mobilidade urbana, como a abertura de vias de ligação dos bairros no entorno da Ayrton Senna com a região central da cidade. São os casos, principalmente, de Ipês, Jacarandá e Canadá.

Na publicação feita no “Diário Oficial do Município”, a prefeitura confirma que não é do interesse público manter as operações do aeródromo “em razão da expansão demográfica e territorial urbana das regiões adjacentes, combinada com a necessidade de implementação de políticas públicas de tráfego, segurança, iluminação e desenvolvimento para toda essa parcela da população”.

Assinada pelo chefe de gabinete Orion Francisco Marques Riul Júnior, a publicação cita o veto da Anac e informa a proibição de pousos de aeronaves a partir desta quarta-feira. Por fim, dá um prazo de 90 dias para “a decolagem das aeronaves presentes no local”.