Localizado na Fazenda Cravinhos, espaço opera com visitas agendadas em roteiro que inclui passeio aos vinhedos, almoço, degustação de vinhos e outras experiências
A altitude de Cravinhos em relação ao nível do mar, acima de 800 metros (semelhante à de Batatais), e a grande amplitude térmica, com dias mais quentes e noites mais frias, chegando até 20 graus de diferença em um mesmo dia, é um dos pontos fortes do local para o sucesso da produção.
“Minha inspiração para esta iniciativa veio do amigo Paulo Brito, da vinícola Guaspari. Ao visitar o local saí encantado com o projeto, mas ao mesmo tempo com a sensação de ser inatingível na nossa região. Dois anos depois, visitei a Vinícola Marquese di Ivrea, do também amigo Beto Lorenzato, que me incentivou a investir nessa atividade, mostrando a sua viabilidade ao me oferecer as mudas das uvas, orientação técnica, acompanhamento e mostrar a vantagem da amplitude térmica da região”, disse Luiz.
Ele passou a estudar mais sobre o assunto e decidiu tirar o projeto do papel. Outra motivação que o levou a isso foi a questão histórica de sua família. “Meu avô Pedro Biagi chegou ao Brasil, vindo da região de Veneto, na Itália, em janeiro de 1888, pelo navio Adria. Nossa família desde essa época trabalhava com vinhedos, sendo que até hoje alguns descendentes ainda trabalham nessa atividade. Foi uma forma de prestar uma homenagem a essas pessoas que vieram para cá com tanto sofrimento e se desenvolveram aqui nesse Brasil tão acolhedor. Por esse motivo também que escolhi adquirir material genético de uvas italianas.”
Inicialmente foram plantados 12 hectares das uvas Moscato Giallo, Nebbiolo e Sangiovese, cuja primeira safra foi em meados de 2022.
São uvas consagradas há centenas de anos na Itália, das quais são feitos os famosos vinhos Brunello, Chianti e Barolo. Quando o projeto estiver 100% concluído, a expectativa é chegar a 20 hectares, o que resultará na produção de aproximadamente 100 mil garrafas de vinho por ano.
A princípio, a vinícola está trabalhando com um rótulo, de vinho tinto seco, o Pietro (homenagem ao avô Pedro), cuja produção, comandada pela enóloga Isabela Peregrino, e envasamento está sendo terceirizada para a Vitacea, localizada em Caldas (MG), até que a fábrica da Fazenda Cravinhos, que está em construção, seja concluída.
O primeiro lote comercial, com 1.300 garrafas, será lançado em março e, por enquanto, o produto será vendido somente na vinícola.
Outro rótulo que já foi testado de forma experimental é o Carina Biagi (homenagem à esposa de Luiz), um branco seco feito à base da Moscato Giallo, que ainda não tem previsão de comercialização.
De acordo com Anísio Rodrigues, gerente geral da vinícola, além da amplitude térmica, a técnica de dupla poda ou poda invertida (colheita de inverno) mostrou excelentes resultados na região, com dados embasados em pesquisa realizada pela Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais).
“Pensando pelo lado do agronegócio, esse empreendimento contribui com novas tecnologias para a diversificação das culturas na região. Vem somar-se ao que já temos de excelência nas atividades sucroenergéticas, cafeeira, na citricultura, na área de laticínios. A tecnologia e o conhecimento são a base para o desenvolvimento de tudo no mundo. Isso transforma nossa região em referência e tecnologicamente evoluída. Do ponto de vista do Enoturismo, fortalece o interior de São Paulo que cada vez mais vem se tornando referência nessa área”, afirmou Anísio.
Visitas e Osteria
Depois da implantação dos vinhedos, veio a ideia de investir em uma Osteria para possibilitar uma experiência completa aos enoturistas. O local foi projetado pela arquiteta Sissi Verri e a cozinha está a cargo da chef Beatriz Nomelini, gastrônoma, com pós-graduação em docência do ensino superior, MBA em marketing com ênfase em negócios gastronômicos e especialização Master Chef pelo Culinary Intitute of America da Califórnia.
A Osteria tem uma “Cozinha de Inspiração Italiana com Alma Brasileira”, como define Beatriz. O cardápio quinzenal é elaborado com produtos sempre frescos e selecionados pela chef com o conceito de Farm to table --usar tudo que pode ser produzido na própria fazenda, respeitando sazonalidade e tipo. “Valorizamos e agregamos produtos feitos na região e orgânicos sempre que possível”, disse.
Além de servir os almoços nas visitas, o espaço será aberto para eventos fechados, tanto corporativos como sociais, e também para cursos de gastronomia e enologia. A Osteria conta com consultoria do enólogo Pedro de Guide, na parte de harmonização de vinhos.
A Fazenda Cravinhos
Fundada em 1820 pelo Capitão Mateus José dos Reis e adquirida em 1876 pela família Pereira Barreto, foi o berço do café Bourbon em São Paulo, tendo fornecido sementes inclusive para o governo do Estado. Distante 2,5 km da cidade, na década de 50, foi potência na cafeicultura e na criação de gado da raça Gir, além do cultivo de arroz, tomate, milho e feijão.
Possuía excelente estrutura de máquinas e construções. Adquirida por Luiz Biagi em 1983, com aproximadamente 700 hectares, a fazenda vem se modernizando, ampliando suas instalações e aperfeiçoando os processos produtivos. Possui estradas asfaltadas com acesso a todas as dependências e à rodovia, e ainda pistas para caminhada e lazer, vastas áreas gramadas e arborizadas e campo de futebol para os moradores.
Serviço
Localização: Fazenda Cravinhos, na rodovia Angelo Cavalheiro, km 1,3 (saída de Cravinhos para Serrana). Ao chegar na entrada da fazenda, seguir as placas sentido Osteria
Funcionamento: Domingos, das 9h30 às 15h (com agendamento)
Agendamento: (16) 98843-4976 (WhatsApp), (16) 3951-2220 ou pelo email osteria@vinicolabiagi.com.br
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