Região

Entenda como casos de febre amarela em macacos na USP Ribeirão afetam a população

Seis animais foram encontrados mortos na universidade; primeiros casos foram analisados e confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz


Da Redação | 13/01/2025 | 10:31


Macacos achados sem vida em mata do campus tiveram quadro de febre amarela confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz | Foto: Divulgação

O início de janeiro está marcado em Ribeirão Preto pela confirmação de ao menos seis macacos mortos em área de mata no campus da USP (Universidade de São Paulo), onde uma análise do sangue feita pelo laboratório de virologia confirmou a presença do vírus da febre amarela. O Instituto Adolfo Lutz também confirmou os casos.
 
Em parceria com a Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto, a Secretaria da Saúde iniciou campanha de vacinação na Unidade Básica de Atenção à Saúde da USP, onde carteiras de vacinação estão sendo avaliadas e doses aplicadas em moradores, estudantes, professores, funcionários, trabalhadores terceirizados e de outros órgãos do campus. Todo e qualquer morador que não tiver a dose da vacina pode se vacinar nos postos de saúde de forma gratuita.
 
Apesar do alerta, o infectologista do grupo São Lucas Luis Felipe Visconde afirmou que os primatas são os principais hospedeiros do vírus, transmitidos por mosquitos. Uma vez encontrados macacos infectados, a situação serve para informar que o vírus circula, e tomar precauções para evitar a transmissão urbana, de pessoa para pessoa.
 
“É importante ressaltar que os macacos são tão vítimas quanto nós, eles não são os transmissores da doença. A transmissão é feita por algumas espécies de pernilongos e, uma vez contaminados, podem ficar vários dias com o vírus no seu organismo e com capacidade de transmissão. O foco é evitar a proliferação desses agentes, controlando focos de procriação e sua atividade dentro dos nossos domicílios”, disse.
 
Nesta segunda-feira (13), a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP e técnicos da Secretaria da Saúde estão percorrendo todos os setores do campus para vacinar pessoas que ainda não receberam a dose contra a febre amarela. De acordo com biólogos da Secretaria da Saúde do Estado, é provável que o bando de bugios da área tenha sido amplamente dizimado.
 
O principal cuidado está na vacinação, que além de proteger o indivíduo, evita a propagação do vírus de pessoa a pessoa. Atualmente, sabe-se que uma única dose pode imunizar de forma vitalícia.
 
Outras medidas envolvem a prevenção de picadas de mosquitos, como o uso de repelentes e controle dos criadouros e evitar áreas de mata, sobretudo nas regiões onde houve documentação de casos.
 
Com gravidade variável, a maioria dos pacientes apresentam sintomas moderados, sendo eles o surgimento de febre alta e de início súbito, dor no corpo, fadiga, náuseas e vômitos. A dor de cabeça intensa é também um marcador da doença.
 
“É importante tranquilizarmos a população em referência a transmissão do vírus e pedir cautela. No Brasil, a doença urbana foi erradicada em 1942 e segue desde então sob controle graças a vacinação. Com isso, o momento pede atenção redobrada na carteira vacinal e acompanhamento das autoridades no caso dos macacos”, afirmou o infectologista.

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