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Passado poucos meses após as queimadas registradas em Batatais e em boa parte das cidades da região de Ribeirão Preto, muitos agricultores e ambientalistas estão trabalhando para recuperar a capacidade do solo para o plantio.
Um dos impactos ambientais causados pelas queimadas, ocorridas nessa e em diversas regiões agrícolas do país, foi a perda da palhada e matéria orgânica. Elas atuam como uma camada protetora, mantendo a umidade do solo, ou seja, retendo a água na terra e diminuindo a perda por evaporação. Um solo queimado sofre a perda de nutrientes, seca mais rápido e a cultura tem sua produtividade reduzida.
Os prejuízos e transtornos deixados pelos incêndios foram incontáveis, principalmente para produtores de cana, usinas e pequenos agricultores, além da suspensão de aulas e riscos para moradores e animais.
Levantamento da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste) apontou que as queimadas deste ano destruíram mais de 658 mil hectares de vegetações e plantações no estado de São Paulo, o que corresponde a 460 mil campos de futebol.
De acordo com o engenheiro agrônomo e gerente de produtos da Mosaic, Bruno Benatti, a recuperação do solo, após a agressão das queimadas, necessita de nutrientes específicos, que não são facilmente encontrados em fertilizantes comuns.
“A palha ajuda qualquer cultura plantada no período de chuva, a soja principalmente. E, mesmo em períodos de veranico, como chamamos épocas de falta de chuva por cinco, dez, quinze dias, a planta sofreria menos com a falta de água, porque a palha sobre o solo iria mantê-lo mais úmido. Mas nessa situação, que abalou o solo tão profundamente, é importante utilizarmos produtos que possibilitem a recuperação do solo, como o gesso agrícola. Ele é um condicionador de solos insubstituível na agricultura, e vai contribuir para a recuperação do solo e de seus nutrientes após tamanha agressão. Em geral, os efeitos do gesso agrícola podem começar a ser observados em alguns meses após a aplicação”, disse Bruno Benatti.
Segundo Benatti, o gesso promove um aprofundamento da raiz, consequentemente aumenta a eficiência no uso de água presente no solo, em razão da melhor distribuição e exploração do sistema radicular.
“O gesso agrícola reduz a presença de elementos tóxicos, especialmente o alumínio, fornecendo os nutrientes cálcio e enxofre para um excelente ativador das raízes das plantas em profundidade e volume. O resultado é a maior absorção de água e de outros nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento das culturas, especialmente no período de inverno, quando há severa deficiência hídrica. O produtor que aplica esse tipo de gesso nas culturas observa significativamente o aumento da produtividade agrícola e pecuária, otimizando a utilização da terra”, disse.
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