Corvina pode ser consumida de forma segura por adultos em uma frequência média de até cinco refeições por mês
O consumo de peixes como pescada amarela e corvina em grande quantidade e de forma frequente pode aumentar o risco de contaminação humana por mercúrio. O alerta está em estudo publicado nesta segunda (15) na revista científica “Anais da Academia Brasileira de Ciências” por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), em colaboração com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Para avaliar os riscos da exposição dos seres humanos ao mercúrio pelo consumo de peixes, os cientistas coletaram e analisaram os níveis de mercúrio de 125 peixes de nove principais espécies comercializadas no mercado de peixes de São Luís, no Maranhão. Os pesquisadores também coletaram dados de 574 moradores da região, entre 2017 e 2019, registrando seus hábitos alimentares e peso corporal.
O mercúrio é um poluente tóxico para o meio ambiente e para a saúde humana, liberado como resíduo de atividades industriais. Nos seres humanos, o contato com esse elemento ocorre principalmente por meio da ingestão de animais contaminados e pode gerar problemas neurológicos.
Nos peixes analisados, a concentração média de mercúrio dos peixes analisados não excedeu os limites de segurança, de 0,5 miligrama para cada quilo do alimento. Mesmo assim, o artigo frisa que o consumo contínuo aumenta a exposição ao elemento, o que pode representar riscos à saúde.
O estudo aponta que as espécies carnívoras, como a pescada amarela e a corvina, apresentaram os maiores níveis de mercúrio – 0,296 e 0,263 miligramas para cada quilo, respectivamente. “Peixes carnívoros podem se alimentar de outros peixes e, portanto, ingerem maiores concentrações de mercúrio, comparados com peixes herbívoros, que consomem plantas com níveis mais baixos desse elemento”, explica o pesquisador e engenheiro de pesca Moisés Bezerra, um dos autores do estudo.
Os limites de segurança para consumo aumentam conforme o peso corporal da pessoa. Quatro das nove espécies de peixe analisadas necessitam de restrições de consumo para adultos, e sete para crianças. Por exemplo, a margem de segurança para o consumo mensal da pescada amarela, para uma pessoa que pesa 65 quilos, é de 667 gramas desse peixe. Isso significa que adultos podem consumir esses peixes em cerca de quatro refeições por mês, enquanto crianças, em uma refeição por mês. Já a corvina pode ser consumida de forma segura por adultos em até cinco refeições por mês. ”Acreditamos que esse tipo de recomendação deve ser disponibilizada para os consumidores de forma simples e clara, como forma de promover o consumo seguro de pescado”, diz Bezerra.
Para o pesquisador, é preciso que o poder público invista na educação alimentar para garantir o consumo apropriado dos pescados, que são importantes fontes de nutrientes e estão associados à cultura e à economia da região Norte. “O estudo contribui e serve de subsídio para a implementação de políticas públicas que visem informar e promover o consumo de pescado de forma segura”, observa Bezerra. “Os consumidores podem selecionar os tipos de pescado com menores concentrações ou consumir as espécies que mais preferem numa frequência adequada para não se expor ao mercúrio de forma excessiva” complementa.
A Prefeitura de Batatais anuncia a abertura de Concurso Público para 64 cargos diversos, abrangendo desde aqueles que requerem formação escolar fundamental incompleta até os que exigem ensino superior completo
Apresentação da feira ocorreu nesta quarta-feira em entrevista coletiva em hotel de Ribeirão
No mesmo dia, também se apresentarão Munhoz & Mariano, Hugo Pena & Gabriel, Luan Santana e Zezé Di Camargo & Luciano
Além de exposições, os visitantes poderão apreciar música ao vivo, com apresentações marcadas para ambos os dias do evento
Estudo da USP, publicado na revista Environmental Research, analisou resultado das autópsias de 238 pessoas e dados epidemiológicos
Droga se acumula não só na água, mas em sedimentos e organismos marinhos e representa alto risco ecológico, aponta professor
Estudo feito por pesquisadores da UFSCar e da University College London acompanhou por 8 anos quase 4.000 pessoas com mais de 50 anos
Evento teve recorde de participantes e ofereceu serviços jurídicos, de saúde e de beleza às famílias
Todas as Seções:
Batatais
Cultura e Comportamento
Economia
Gente
Informe Publicitário
Nacional
Opinião
Região
Saúde
Turismo e Eventos
Batatais 24h nas redes: