Analista financeiro e PM aposentado viajaram de Ouro Preto (MG) a Parati (RJ), em vias usadas no Brasil Império para transportar riquezas para o porto
Sozinhos, numa aventura em meio ao desconhecido, mas cercados de belíssimas paisagens e de história, muita história sobre o nosso país.
Assim pode ser definida a expedição protagonizada na última semana por dois ciclistas batataenses na Estrada Real, criada no governo imperial com o objetivo de conduzir minérios de Minas Gerais para o litoral do Rio de Janeiro.
O analista financeiro Marcelo Boncompani, 53, e o subtenente aposentado Marco Roberto Teodoro, 51, percorreram em apenas 8 dias os 710 quilômetros que separam Ouro Preto (MG) de Parati (RJ), numa viagem com uma série de dificuldades, mas de paisagens deslumbrantes.
“É sacrificante, precisa ter força de vontade, mas tudo vale a pena. As paisagens e lugares que conhecemos são únicos e não nos esqueceremos jamais”, afirmou Boncompani.
A chamada Estrada Real é um projeto turístico desenvolvido há 17 anos pelo Instituto Estrada Real e a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) para valorizar o patrimônio histórico, estimular o turismo e buscar a preservação das regiões abrangidas pelas estradas reais.
Estrada Real ou Caminho Real era o nome dado em Portugal aos trechos construídos pela coroa portuguesa. No Brasil, elas foram muito importantes para a atividade minerária. Ou seja, eram usadas para transportar riquezas de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, de onde embarcavam para a Europa.
Teodoro e Boncompani percorreram o chamado Caminho Velho, também denominado Caminho do Ouro, que foi exatamente o primeiro trajeto desenvolvido pela coroa portuguesa ligando as duas cidades, em meados do século 17.
Por ela, que corta municípios como Cunha, São João del-Rei e Tiradentes, transitaram ouro e diamantes.
No total, as estradas reais no Brasil têm pouco mais de 1.630 quilômetros de extensão. Além do Caminho Velho, também existem o Caminho Novo, o Caminho dos Diamantes e o Caminho Sabarabuçu.
De acordo com Boncompani, surgiram obstáculos no caminho, como a dificuldade em obter informações em muitos locais do trecho percorrido, além de problemas mecânicos com as bicicletas, que precisaram passar por reparos durante a viagem.
“Faltam informações em muitos locais. Às vezes pedíamos informações a pessoas nas cidades que não tinham a menor ideia do caminho que deveríamos percorrer. Mas conseguimos fazer todo o trajeto e ficamos muito felizes com isso”, disse.
As pedaladas dos dois ciclistas, que pertencem ao grupo Bikers, de Batatais, tiveram início no dia 24 de março, em Ouro Preto, e foram concluídas no dia 31, em Parati.
A epopeia, porém, começou no dia anterior, em duas viagens de ônibus, de Batatais a Belo Horizonte e, da capital mineira, a Ouro Preto.
DIFICULDADES
Segundo Teodoro, os aventureiros passaram por 27 cidades, nas quais carimbaram seus passaportes, para que, no final da jornada, recebessem o certificado digital de conclusão do percurso.
Os ciclistas disseram que enfrentaram no trajeto muitos terrenos difíceis de percorrer, compostos por muitas subidas, compensadas pelo visual deslumbrante.
“Foi grande o desafio, pois são muitos quilômetros e muitos dias pedalando. Já tínhamos feito o Caminho da Fé [até Aparecida], mas foram 5 dias, com 320 quilômetros e muita estrutura. Nesse caminho agora, foram mais de 700 quilômetros com pouca informação e cidades sem estrutura para alimentação e hospedagem”, afirmou Boncompani.
No total, as estradas reais no Brasil, em seu auge, passavam por 179 localidades, das quais 163 em Minas, 8 no Rio e 8, em São Paulo.
Postos são para Batatais, Altinópolis, Franca e São José da Bela Vista
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