O terceiro pilar é o da pesquisa e desenvolvimento, onde são coletadas, analisadas e compartilhadas informações sobre as condições das mulheres nos ambientes de trabalho. “Esse conhecimento é essencial para formar estratégias futuras e garantir um ambiente mais equitativo e inclusivo para todas as mulheres empreendedoras”, afirma Melina.

Renata também acredita que observar outras empreendedoras bem-sucedidas alimenta a própria motivação e fortalece a presença e a promoção do empreendedorismo feminino dentro das startups. Ela tem um exemplo dentro de casa: “Minha mãe é empreendedora e é uma grande inspiração. Por isso, tenho o compromisso de ser um modelo e motivar minha irmã, que agora também empreende”.

As mulheres da família de Renata fazem reuniões semanais para debater, compartilhar experiências e fornecer orientação mútua. “Acreditamos que as dificuldades de uma podem iluminar o caminho da outra. Além disso, aqui na Dr. Fisiologia, tenho uma sócia mulher com quem troco muitas informações e experiências”.

Ela presume que falar sobre desafios e soluções ajuda a clarear a própria trajetória e a elevar a outra mulher que caminha lado a lado. “Não estamos sozinhas nessa empreitada.”

Apesar dos incentivos, as empreendedoras reconhecem a caminhada árdua para chegar na liderança de uma startup e Renata acredita que a sobrecarga de responsabilidades sobre a mulher, social, cultural e histórica, para que ela equilibre a vida pessoal, o trabalho e a família, intensifica os desafios.

Mas Milena considera que a essência empreendedora está intrínseca a todas as mulheres. “A capacidade de tomar a iniciativa, realizar o que muitos consideraram impossível e equilibrar múltiplas tarefas está no cerne de cada mulher. A curiosidade, a determinação e a vontade de arriscar são qualidades inerentes, que nos impulsionaram a alcançar nosso espaço na sociedade”.

(*) Estagiária sob supervisão de Ferraz Junior