Dia Internacional das Mulheres: merecedoras de todo tipo de homenagem, as mulheres tiveram vez e voz no Carnaval da Mangueira
Hoje é 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. O ano é 2019, pleno século 21, e se não coabitássemos esse universo não seria crível pensar que esse mundão ainda nega às mulheres desde a liberdade de se vestir sem serem incomodadas, até o direito de ter sua decisão acatada, sua fala respeitada, de ser ouvida com igualdade, de ser devidamente representada política e socialmente e até mesmo o direito de receber por seu trabalho salários iguais aos dos homens com as mesmas escolaridade e função.
Vale lembrar que a noção de igualdade é um fundamento da democracia que está estabelecida desde o século 18 na filosofia política.
É assustador pensar para onde o senso comum e a escolha pela ignorância podem nos levar...
Neste contexto, há menos de 48 horas, com um enredo que trouxe luz a heroínas da história do Brasil ao longo dos séculos após o descobrimento, a Estação Primeira de Mangueira obteve o título de campeã do carnaval de 2019 do Rio de Janeiro.
Merecedoras de todo tipo de homenagem à luta, à independência e ao talento, as mulheres tiveram vez e voz na proposta da agremiação de contar o avesso da história do país.
O politizado tema "História para ninar gente grande" fez reluzir o papel DELAS nesse Brasilzão.
Sob os holofotes, brilharam nomes de mulheres gigantes quase nunca abordadas em livros e aulas de história. Brilhou Dandara, destacou-se Luiza Mahin, reluziu Marielle.
Nomes que carregaram gotas de suor, gritos de bravura e sangue da luta diária de cada uma de nós.
Do século 18 para cá, quando surgiu a tal definição de igualdade perante a lei, muita coisa evolui –oras, também estamos falando de três longos séculos-, mas muito, muito ainda falta.
Então, inspirados pelo profundo e vitorioso enredo da Mangueira e incentivados pelo dia comemorativo, é uma boa ideia refletir sobre o que é ser mulher nos dias de hoje, o que ainda falta para alcançar na prática (e não apenas na Legislação) a igualdade de direitos e, principalmente, como diluir o pensamento machista tão incrustado na sociedade.
Leandro Vieira, carnavalesco genial que assinou o enredo da Mangueira mostrou saber muito. Com lucidez admirável, repetiu em entrevistas que o machismo é um dado importante para a compreensão da narrativa estabelecida, e o próprio movimento negro, quando estabeleceu seus líderes, deu preferência para homens.
Não por acaso, o mesmo Vieira venceu há três anos o Carnaval com um enredo em homenagem a uma mulher, Maria Bethânia.
Está aí um que merece os nossos aplausos.
Reverenciemos, pois, a relíquia histórica, cultural e artística que é o Carnaval brasileiro –não por acaso reconhecido como o maior espetáculo da Terra.
Eu sou inteira Carnaval. Minha mente, minha alma, meu coração. E digo, com muito orgulho e segurança, que Carnaval é isso -e não o que os culturalmente miseráveis julgam ser, muito menos o que o atual presidente deste nosso Brasil e os marmanjos mimados que ele criou pensam que seja.
Salve o samba!
Salve as mulheres!
Salvemo-nos, mulheres!
*Melissa Toledo é jornalista, radialista e publicitária. É editora de conteúdo do Portal Batatais24h e apresentadora do programa Casa do Samba da Difusora Batatais
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